Jesus

SÃO GERALDO


Nasceu em Muro Lucano, povoado da Basilicata, no sul da Itália, no dia 6 de abril de 1726, filho de Domenico Majela e Benedecta Galella.

Seu pai era alfaiate em Muro, mas morre em 1738, quando Geraldo tinha apenas 12 anos. Suas irmãs, mais velhas do que ele, são: Ana, Brígida e Isabel.

SUA INFÂNCIA

Conforme o testemunho de suas próprias irmãs, ele era muito dedicado às devoções, e que também se confessava todos os dias e se disciplinava diariamente.

Aos sete anos, em vista da pobreza da família, dirigia-se à ermida Capodigiano, brincava com o Menino Jesus e dele recebia um pãozinho branco. Somente mais tarde, quando já na congregação, Geraldo compreende quem era aquele menino.

Entregava-se à oração. Sua mãe encarregava-se de educá-lo na fé.

SUA JUVENTUDE

Aos 14 anos, é crismado por Dom Albino na cidade de Muro. O sacramento da crisma tornou-se o sinal da fortaleza e do valor que nortearam toda sua vida. Dom Albino era natural de Muro.

Com o Bispo lá se foi Geraldo para ser seu empregado. Nesse ofício precisou praticar verdadeiro heroísmo.

Dom Albino julgava-se no direito de fazer o que bem entendesse com seu jovem empregado. Fazia-o trabalhar sem descanso e reprovando-o sempre de não fazer tudo o que devia e de fazê-lo mal. Geraldo, por sua parte, tinha para com ele grande respeito e dedicação. Seu espírito de mortificação e penitência encontrou ali um bom lugar de realização.

Aos 18 anos de idade voltou para sua casa. Já era um homem feito e havia crescido também em virtude.

Sua preocupação com os pobres e necessitados era grande, a ponto de se privar do necessário, quando via alguém sofrendo penúria.

SUA VOCAÇÃO

Geraldo sentia que o Senhor havia escolhido para ele um outro lugar. Assim, entra em contato com os capuchinhos, mas em vão solicita ser admitido, mesmo na condição de empregado.

Não é aceito, dada sua saúde precária e sua doentia aparência. Para Geraldo esse golpe foi terrível. Contudo, entrega-se à oração, pedindo a Deus que o encaminhasse para vida religiosa.

Continuou seu trabalho diário para ajudar no sustento da família. Depois de pouco tempo tem seu próprio atelier, no qual sempre sobrava trabalho e também caridade para quem necessitasse. Mas tendo chegado a Muro seu amigo Luca Valpiedi, antigo condiscípulo, parte com ele para ajudá-lo em seu colégio, no cuidado das crianças. Quando tinha 22 anos, chegaram a seu povoado alguns missionários. Eram os Redentoristas, dentre eles achava-se o Irmão Onofre que contou a Geraldo como era a sua vida. Mas percebendo que o jovem estava entusiasmado, mudou de assunto, dizendo-lhe que ele não resistiria àquele tipo de vida.

Pouco tempo depois voltaram os missionários. Entre eles estava o Padre Paulo Cáfaro, que depois de muito vaivém e oposições lhe permite que o acompanhe ao convento.

IRMÃO COADJUTOR

No dia 17 de maio de 1749, Geraldo partia radiante de alegria para a casa de noviciado de Deliceto. Em novembro desse mesmo ano, vestia a batina redentorista e começava sua interiorização na vida religiosa. O Padre Cáfaro seria o seu mestre de noviciado, e também seu diretor espiritual. E sendo esse sacerdote tão severo, contudo, teve de se esforçar por moderar para que Geraldo não se consumisse pelas penitências...

Desde o começo, passou a ser na comunidade um modelo de abnegação e serviço. Trabalhador como só ele; muito dedicado à oração, exemplo de virtudes, tudo isso fez com que ganhasse logo a simpatia e estima de seus confrades. No dia 16 de julho de 1752 fez sua profissão religiosa.

VIDA RELIGIOSA

Já religioso, sua vida desenvolvia-se no cuidado constante de seus deveres comunitários, de um modo especial, prestando serviços a seus irmãos, e na preocupação pelo seguimento de Cristo missionário, anunciando aos pobres a palavra divina.
Sua vida era a concretização das Regras. O respeito por seus coirmãos e em particular pelos superiores (nos quais encarnava a vontade de Deus) atingia os limites de heroicidade. Pensemos como soube calar-se diante de Santo Afonso quando foi caluniado...

SEU ZELO APOSTÓLICO

Sua vida missionária era encarnada, vibrava com todo o povo. Os sofrimentos do próximo fazia-os seus. Foi o irmão dos pobres, tanto em Caposele como nas outras casas nas quais morou. Visitava-os, protegia-os, curava-os, dava-lhes de comer, vestia-os etc.

Ao lado da assistência física, punha sempre a assistência espiritual. A catequese como preparação aos sacramentos ele assumia com carinho e dedicação.

Sua humildade granjeou-lhe a simpatia de leigos e religiosos, de sacerdotes e bispos que encontraram nele o mais douto conselheiro.

Seu amor à igreja era imenso. Dele se desprendia a preocupação pelas vocações. Os conventos de sua época receberam inúmeras religiosas enviadas pelo santo. Do mesmo modo soube conduzir os jovens ao sacerdócio diocesano e regular. Sua vida foi uma entrega total pela redenção.

SEUS ÚLTIMOS DIAS

Geraldo tinha exigido de seu corpo mais do que ele podia dar. Sua saúde estava destruída. A anemia consumia-o e seus pulmões já não trabalhavam como deviam. Contudo, continuou esforçando-se em servir os outros e em enfraquecer sua pessoa.

No dia 16 de outubro de 1755, com apenas 29 anos de idade, e somente 7 na Congregação, entregou a Deus seu espírito.

Seus funerais foram grandiosos e soleníssimos. De Caposele e de todos os povoados vizinhos, a multidão acorreu atropelando-se para despedir-se do santo e solicitar graça por sua intercessão.

E como em vida realizou tantos prodígios, maiores foram os pós morte. Daí a justa piedade popular que por ele sente a Itália, e, outros povos.

A CAMINHO DOS ALTARES

Embora a fé no santo fosse muito grande, contudo, somente em abril de 1839 foi aberto em Muro o processo recolhendo os testemunhos daqueles que o haviam conhecido e daqueles que tinham recebido alguma graça por meio dele.

Em 1847, Sua Santidade Pio IX concedeu-lhe o título de Venerável e em 1893 o Papa Leão XIII o declarou Beato.

Finalmente, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X canonizou Geraldo Majela em meio a uma magnífica cerimônia, como é de costume em tais ocasiões.

Os biógrafos de São Geraldo pouco se preocuparam em nos mostrar seus traços humanos. A representação que dele temos no-lo mostram como religioso redentorista e nela sua figura é a de um asceta, comumente acompanhada de um crucifixo e de uma caveira.

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