Os escritores eclesiásticos da antiguidade cristã dão
testemunho de que, desde os princípios da Igreja, tanto no Oriente quanto no
Ocidente, muitos ministros sagrados abraçavam livremente o celibato.
Desde os inícios do século IV, a Igreja do Ocidente por
meio das decisões de vários Concílios Provinciais - como no Concílio de Elvira,
na Espanha, em 306 - e dos Sumos Pontífices, incentivou, difundiu e aprovou
esta prática, que, cada vez mais, foi se tornando comum, até se tornar
obrigatória para todo o clero de rito latino, ao ser sancionada pelos Concílios
de Latrão em 1139 e Trento de (1545 a 1563).
Como se pode ver por este brevíssimo relato histórico, nem sempre os padres foram celibatários, e ainda hoje, nas Igrejas Orientais Católicas, os padres podem se casar. No entanto, nestas Igrejas Orientais, somente os sacerdotes celibatários são sagrados bispos, e nunca os sacerdotes podem contrair matrimônio depois da ordenação.
Como se pode ver por este brevíssimo relato histórico, nem sempre os padres foram celibatários, e ainda hoje, nas Igrejas Orientais Católicas, os padres podem se casar. No entanto, nestas Igrejas Orientais, somente os sacerdotes celibatários são sagrados bispos, e nunca os sacerdotes podem contrair matrimônio depois da ordenação.
Com base nestas informações, pode-se concluir também
que o celibato é uma lei eclesiástica. Foi a Igreja que a estabeleceu e a
Igreja a pode revogar, se algum dia o considerar conveniente.
No entanto, a lei do celibato, longe de carecer de
sentido, é carregada de significação. Ao escolher seus ministros dentre os
homens vocacionados ao celibato, a Igreja lhes lembra que seu estado de vida
tem uma tríplice significação. Vamos, ainda resumidamente, falar sobre cada uma
delas:
1º Significado Cristológico do Celibato
O padre não se casa para se identificar mais
intimamente com Cristo, que também não se casou. Além disso, Jesus prometeu uma
superabundante recompensa a todos quantos abandonam casa, família, mulher e
filhos pelo Reino de Deus (Cf Lc 18,29-30) e até recomendou, com palavras
densas de mistério e de promessas, uma consagração mais perfeita ainda ao Reino
dos Céus, com a virgindade, em consequência de um dom especial (Cf Mt
19,11-12). O celibato do padre é assim, um sinal eloquente do domínio do Reino
de Deus sobre ele.
2º Significado Eclesiológico do Celibato
O padre não se casa para poder se dedicar, sem reservas
e empecilhos, ao serviço do povo de Deus. A Igreja é a sua esposa, e como
Cristo se entregou, inteiramente, por ela, assim também faz o padre,
entregando-lhe tudo, inclusive seus afetos. O padre não se casa não é por falta
de amor, nem por não saber amar, mas é para poder amar mais e amar a todos o
tempo todo.
3º Significado Escatológico do Celibato
O padre não se casa para ser sinal profético daquela
vida futura que todos esperamos alcançar. Naquela vida, diz Jesus, "os homens
não terão mulheres, nem as mulheres não terão maridos, mas serão como anjos de
Deus no céu" (Mt 22,30). No meio do mundo passageiro e transitório, o
celibato dos padres se torna sinal daquela vida definitiva. Além disso, no meio
de um mundo materialista, consumista e hedonista, o celibato dos padres se
torna um grito profético que anuncia os verdadeiros valores que saciam o
coração humano.
Concluindo, posso dizer que nós, celibatários por vocação, sentimo-nos as pessoas mais felizes da terra, porque nosso coração, livre de qualquer amarra, transborda de amor por Cristo e sua Igreja, nossa querida e amável esposa.
Concluindo, posso dizer que nós, celibatários por vocação, sentimo-nos as pessoas mais felizes da terra, porque nosso coração, livre de qualquer amarra, transborda de amor por Cristo e sua Igreja, nossa querida e amável esposa.
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